Thursday 27 January 2011

26 de janeiro- Mala suerte

    "Vamos Demorar 1 hora so para caminhar esta ponte" diz O Pedro de Mala as costas, ao andar-mos no viaduto que nos ia permitir atravessar de  uma area de servico para  a outra.Toda aquela zona trazia-me recordacoes, foi ali que apanhei a boleia com o snhor Vitor par Madrid.Tinha de reconhecer que foi uma sorte, pois aquela estacao de servico estava morta ao sol e a secar.Pois claro, quem e que ia meter gasolina antes da fronteira em Portugal se no lado da Real ela e 30 centimos mais barata? Ate as casas ao lado parecem  de uma ficcao de distopia portuguesa nunca escrita.Podia-mos ocupar uma se tivessemos muinto ma sorte e nao saisse-mos dali.O dia estava calmamente claro com uns agradaveis 15 graus.2 camioes e dois carros, um deles vaziu...

Com calma, vamos falar aos condutores mas nada feito.Agora tinhamos de esperar pelos carros em quantia
conta gotas que paravam la, nao para por gasolina, mas para comprar snacks ou para relaxar em territorio nacional.

   vamos a casa de banho mijar e vejo que tenho as borbulhas mesmo a arrebentar.Aparentam um ar feio e fungoso e quando o Pedro bazou esplodi uma com os indicadores e o jacto misturado de sangue e pus ficou no vidro a escorrer.Doi sempre um bocado mas eu adoro fazer isto

   Juntei-me ao pedro e sentei-me na mochila a frente do edificio da bomba, depois de mais tres negativas de carros em 10 minutos rapidamente nos apercebemos que assim nao iamos a lado nenhum.

    parei de comer a sandes de frango que tinha trazido e disse"ho Pedro,nao estao a passar carros nenhuns, e os camioes dizem que so levam uma pessoa, temos de mudar de planos, temos de nos dividir."
    "achas?"
    "Ya, tem de ser, se nao nao saimos daqui"-disse eu em ar apreensivo
    "entao tiramos esta moeda ao ar e vemos quem vai primeiro"

O Pedro atirou a moeda espanhola  de 10 centimos ao ar.Enquanto ela estava a girar, disse-lhe nao interessava quem iria primeiro, pois o outro podia ter uma boleia directa.

   "Coroa, vais tu primeiro puto.Olha, ta a vir aquele camionista que disse que so levava um"

     Perguntei outra vez ao senhor de cabelo ralo caminhado, e embora tivesse  com musculos curvados pa baixo ,pos os oculos escuros,disse "'ta bem" e la fui com ele.Era um camionista portugues com ara de sadico solidario,com cara bruta e adepto dos fodasses,perguntei se ele sabia de uma estacao de servico populada ele disse "Nao te priocupes puto" .Ele tambem tinha andado nas boleias nos seus 20, quando foi para a alemanha com 3 euros e 20 centimos, "6 paus e quarenta escudos na moeda antiga"diz ele com um sorriso.Ia arranjando trabalhos pelo meio e quando chegou a alemanha, como era operador de maquinas, sem o conhecerem do nada, contrataram-lhe e deram-lhe um mercedes para a mao para ir a portugal arranjar uma equipa de trabalho.Eles fez de todo o tipo de trabalhos e o lema dele era"Pa eu nao gosto de ter sempre o mesmo trabalho,a vida fica monotona, nem de aturar chefes.eu nao sou daqueles gajos que trabalha ate as seis da tarde,quando e pra desbundar e 'pa desbundar, quando e para trabalhar e para trabalhar e pronto."

    Depois dessa e de outras historias da vida dele comecei a accelarar lentamente ,e de cohilar passei para sonhar, e so acordei com ele a esclamar ,espremendo os olhos"FODASSE!esqueci-me de te deixar na estacao de servico.fodasse!olha,que sa foda, vou-te deixar aqui enquanto descarrego e se numa hora nao apanhares boleia eu volto a vir para cima."

  Despedi-me dele e pusme a boleia numa entrada pa rotunda.Aquele so podia ser o pior sitio para fazer isso.Passavam imensos carros, so que nunhum virava para a  via madrid.

    passado meia hora veio um camiao, e eu  todo esperancado com o polegar estricado, so depois de ele virar e que me aprecebi que era o que tinha me dado boleia,e sem reduzir a velocidade, fezme uns gestos com os bracos e bazou.Nao sei se ele fez aquilo por mal ou se ia virar, o que aconteceu e que ele nao veio.

     Estava agora no meio do nada, e se um professor de carta nao anda-sse ali com o seu aluno provavelmente agora ainda estava la.

Conversei com este e ele tinha uma dica completamente diferente" My abuelo dijia:"Aprendiz de mucho, maestro de nada".

este deixou-me na area de servico mais proxima, com um restaurante com os empregados a palitarem os dentes sem clientela ,com um parque degradado vaziu, com ovelhar numa quinta perto sem fazerem muinto barulho.Aquele lugar era quase tao mau como o lugar anterior.hoje nao estou a ter muinta sorte, nao.Pedia aos carros que por ali eram raros e preciosos como a agua no deserto,pedi ao camionista que la estava parado"Hepa eu vou para portugal.ISto aqui e fodido".Pois e.

Passado um bom tempo largo inverti um baloiço ferrogento no parque e agora preocupava-me com o futuro,a espera dos carros que nao passavam.Fui a casa de banho da bomba e vi que os meus labios estavam vermelhos, pareciam quase que tinham batom de os roer inconscientemente com os dentes.

ao sair da casa de banho perguntei aos dois carros, e um disseme que me podia levar a uma terriola chamada torrijos a 6 kmtrs dali.Tinha mais mobimiento que ali, dissia ele.Mentiu.Ainda Vi pedi o preco de um quarto num hostel vaziu, a mulher comecou nos 25 e quando eu disse genuinamente que iame embora ela disse 20.Eu podia ter conseguido por cinco prai, com a cara nerotica e desesperada da espanhola.Era uma terra pacata digna de um folheto turistico, mas eu queria fazer-me a madrid.Percorri a longa estrada fora para fora da vila.Apanharam-me a meio e levaram-me ate uma estacao de servico bem melhor que a da passada hora.

   A estacao tinha um grande espaço amplo de asfalto com um edificio restaurante no meio e a bomba ao lado.Eu fiquei a perguntar as pessoas "Desculpe, va usted en direction a madrid?" la, indo sempre entre o espaço onde estavam os camioes parados, a bomba e o estacionamento a frente do restaurante,sempre com a mala as costas, a medida que os carros iao entrando no recinto, cada qual para uma destas areas.Os condutores espanhois respondiam com um "no" altivamente austero, ou se iam diziam que nao me levavam por diversas razoes.estava a ficar  cansado e  escuro e o dia tambem.Fui la dentro ao restaurante e comecei a falar ao empregado se tinha quartos e o preco.Aprecebi-me que o ar autero dos conductores ainda nao tinha desaparecido, parecia que era o forasteiro que entra num bar de saloon pelas portas de madeira,  e nao se ouve nada a nao seu o chiar delas.Apos a resposta de "Binte e quatro eurus" dei meia volta e sentei-me na cadeira a frente do restaurante.Perguntava as pessoas calmamente a medida que saiam do restaurante,mas outra vez sem sucesso.

O camionista de setubal que o tinha questionado apareceu la para tomar a bica espanhola, e disse-me para entrar com ele.Ele cumprimentou abertamente o empregado e perguntou se nao havia algem que fosse para madrid.O empregado encolheu os ombros como se dissesse que ia tentar.Eles ainda estavam a olhar para mim .O portugues foi-se e dezejou-me boa sorte.

7, 8 , 9 horas.Tava com um azar do caraças.os conductores chegavam e tomavam os seus snack e os seu finos,e quando acabassem de comer perguntava a eles,alguns escaparam sem os interrogar por distraccao.Depois de pergunta-los ficavam a olhar para mim com cara de mau pau.nao tava a gostar de estar nada ali.Estava tao aborrecido que qualquer coisa me entretia, e ate o jogo do Madrid sevilha serviu para esse efeito.Foi uma palhacada de jogo, com o cristiano a cair quinhenta vezes e um golo que foi anulado quando tava na linha da baliza.Só no fim do jogo um homem de oculos sentou-se ao meu lado e pediu um gin, e pergunteilhe se ele ia para a direccao de madrid

     "si, pero so me boi a manhana"
      "sien problema,podes-me levar?"
      Ele ficou imobil por milesimos e disse que sim, para depois amanha estar la as 7 e media no mesmo lugar de agora.

Finalmente.paz de espirito.

Quando o jogo acabou com madrid com 1 golo decidi pagar os 24 euros o recepcionista'empregado e com um euro um donut.subi e entrei no quarto numero dois.Tinha pago por duas camas laranjas , uma televisao e um banhero.

cortei o donut e puz-lo dentro do pao que a pouco tinha comprado. Vi que nao tinha comando no quarto e fui busca-lo la a baixo e veio dentro de um saco selado de platico para nao sujar.Tomei um longo duche quente e vesti o pijama e meti-me na cama, a ver um filme sobre o amor de duas mulheres em roma com legendas em espanhol. Interessante.

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